terça-feira, 25 de novembro de 2014

Entrevista a Esther Sandler, bordadeira australiana

 

Esther Sandler é uma jovem designer australiana residente em Melbourne, que, com o nome artístico Togetherness Design, cria peças em ponto de cruz e tapeçaria originais e cheias de cor. 
Não se considera uma especialista em bordado, mas adora sentar-se com uma caneca de chá quente e embarcar num novo projeto. Entrevistámo-la para nos explicar como trabalha e o que a levou a bordar. Quem disse que os jovens já não bordam?


Quando e porque começou a bordar?
Quando era pequena, a minha mãe gostava muito de costura e tricô e costumava fazer a roupa para mim e para a minha irmã. Ela ensinou-me a coser à mão, quando eu tinha 6 anos e assim começou a minha paixão pelas linhas e agulhas.



Como é que aprendeu a bordar?
A minha mãe ensinou-me alguns pontos simples, juntamente com o ponto de cruz e o ponto lançado de tapeçaria. Coloquei em prática tudo o que aprendi, cosendo e bordando roupas para o meu animal de estimação: um coelhinho. Aos 20 anos entrei num concurso de bordado, que fazia parte dum curso de design e aprendi mais alguns pontos. Estava fascinada com o processo de criar uma imagem, utilizando pontos como outra ferramenta de desenho.


Vimos que desenha e borda imensas coisas criativas. O que começou primeiro?
Em pequena adorava desenhar e a aula de Arte era a minha preferida na escola. Mas também gostava de aprender qualquer técnica de trabalhos manuais na escola, isso permitiu-me aprender diversas técnicas, incluindo o bordado. 



Trabalha em tapeçaria e ponto de cruz. Utiliza outros pontos ou técnicas?
No passado quando estava a experimentar o bordado, pratiquei muitos pontos, como o ponto de cadeia, o ponto cheio e o ponto de espiga, mas devo dizer que não sou nenhuma especialista nesses pontos. Mas adoro o ponto de nó e nos meus projetos mais recentes trabalhei as texturas com este ponto.


Como é o seu processo desde a ideia até ao bordado final?
Tento fazer alguns esboços no papel primeiro e planifico o bordado antes de começar. Isto leva-me algum tempo, mas acho que o trabalho assim torna-se mais simples. Crio os meus desenhos de tapeçaria no computador e acrescento depois o quadriculado para saber o número exato de pontos, que preciso. Assim consigo ter uma ideia de como ficará o meu desenho final.


O bordado para si é mais uma ferramenta para desenhar?
Sim, completamente! Acho que é uma forma mais tridimensional de desenhar, uma vez que podemos comunicar através da textura, material e cor que escolhemos. Adoro o calor e a humildade estética, que tem uma imagem bordada e o facto de o bordado ser um processo lento, ao qual temos de dedicar tempo!



Que tipo de linhas utiliza?
Uso principalmente o fio Mouliné DMC na maioria dos meus trabalhos: nas minhas joias de ponto de cruz e noutros motivos bordados. Uso também a lã Colbert da DMC nos meus trabalhos de tapeçaria.



Obrigado Esther, adorámos conhecê-la! Se quiser ver mais dos seus trabalhos, consulte o seu blogue, loja online ou o Facebook.

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