Estamos fascinados com os bordados da japonesa Ipnot, porque nunca tínhamos visto nada
parecido. Bordados miniatura realizados simplesmente com ponto de nó. Fizemos-lhe
esta entrevista para que nos explicasse como trabalha e como surgiu esta ideia.
De onde vem
o nome Ipnot?
Esse nome era a minha alcunha em pequena. Passei a
infância rodeada de gente muito criativa e isso marcou-me.
Quando
começaste a bordar e como aprendeste?
Comecei a bordar há 4 anos. Aprendi de forma
autodidata. A minha avó costumava bordar
quando eu era pequena e via-a a bordar muitas vezes. No início realizava o
bordado com pontos que aprendi sozinha e depois fiquei fascinada com o ponto de
nó. Desde aí passei a bordar apenas com esse ponto. Adoro ver as bolinhas a juntarem-se para criar
um desenho.
Que tipo de
fio usas?
Uso sempre o fio Mouliné da DMC. Tem 6 cabos, mas
só uso um. Adoro que tenha uma paleta de cores tão grande.
Quanto
tempo demora a fazer uma das tuas peças?
Depende do desenho. Por exemplo, uma das peças
redondas do meu projeto intitulado “501 embroidery”, que tem 3 cm de diâmetro, demora
entre 6 e 12 horas.
Que tipo de
suporte utilizas?
Uso sempre tela de algodão fina e agulha fina.
O que
recomendas a alguém que queira começar a bordar?
O bordado não é tão difícil como pensas. Primeiro
de tudo necessitas do seguinte material: bastidor, tela, fios, agulhas e
tesoura. Escolhe uma tela apertada de algodão. Eu prefiro sempre fios DMC.
Utiliza agulhas com furo grande e pratica os
pontos mais básicos como o ponto atrás, ponto pé de flor, ponto lançado... (ver
aqui)
É importante, especialmente para principiantes,
conhecer estes pontos. Borda sempre com a tela esticada no bastidor e depois é
só relaxar e divertir!
O que aprecias
mais no bordado?
Só uso o ponto de nó, por isso posso começar a
bordar em qualquer ponto do tecido e escolho as cores que mais gosto. Vou
bordando e se me engano, tapo com outro fio. Isto encaixa com a minha
personalidade. Tenho sempre os meus instrumentos de bordado na mala, assim posso
bordar em qualquer lado desde que tenha fio, tela e agulha. Adoro o som da
agulha a atravessar a tela e relaxa-me, por isso é ideal para quando viajo. O
bordado também me serviu para comunicar com as pessoas. Estou com as pessoas
locais e as do outro lado do mundo. É uma grande forma de comunicação!
Obrigada! Vamos ficar atentos aos teus novos
bordados!
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