sexta-feira, 19 de maio de 2017

Entrevista a Ipnot, bordado miniatura hiper-realista em ponto de nó


Estamos fascinados com os bordados da japonesa Ipnot, porque nunca tínhamos visto nada parecido. Bordados miniatura realizados simplesmente com ponto de nó. Fizemos-lhe esta entrevista para que nos explicasse como trabalha e como surgiu esta ideia.


De onde vem o nome Ipnot?
Esse nome era a minha alcunha em pequena. Passei a infância rodeada de gente muito criativa e isso marcou-me.


Quando começaste a bordar e como aprendeste?
Comecei a bordar há 4 anos. Aprendi de forma autodidata.  A minha avó costumava bordar quando eu era pequena e via-a a bordar muitas vezes. No início realizava o bordado com pontos que aprendi sozinha e depois fiquei fascinada com o ponto de nó. Desde aí passei a bordar apenas com esse ponto.  Adoro ver as bolinhas a juntarem-se para criar um desenho.



Que tipo de fio usas?
Uso sempre o fio Mouliné da DMC. Tem 6 cabos, mas só uso um. Adoro que tenha uma paleta de cores tão grande.


Quanto tempo demora a fazer uma das tuas peças?
Depende do desenho. Por exemplo, uma das peças redondas do meu projeto intitulado “501 embroidery”, que tem 3 cm de diâmetro, demora entre 6 e 12 horas.



Que tipo de suporte utilizas?
Uso sempre tela de algodão fina e agulha fina.


O que recomendas a alguém que queira começar a bordar?
O bordado não é tão difícil como pensas. Primeiro de tudo necessitas do seguinte material: bastidor, tela, fios, agulhas e tesoura. Escolhe uma tela apertada de algodão. Eu prefiro sempre fios DMC.
Utiliza agulhas com furo grande e pratica os pontos mais básicos como o ponto atrás, ponto pé de flor, ponto lançado... (ver aqui)
É importante, especialmente para principiantes, conhecer estes pontos. Borda sempre com a tela esticada no bastidor e depois é só relaxar e divertir!


O que aprecias mais no bordado?
Só uso o ponto de nó, por isso posso começar a bordar em qualquer ponto do tecido e escolho as cores que mais gosto. Vou bordando e se me engano, tapo com outro fio. Isto encaixa com a minha personalidade. Tenho sempre os meus instrumentos de bordado na mala, assim posso bordar em qualquer lado desde que tenha fio, tela e agulha. Adoro o som da agulha a atravessar a tela e relaxa-me, por isso é ideal para quando viajo. O bordado também me serviu para comunicar com as pessoas. Estou com as pessoas locais e as do outro lado do mundo. É uma grande forma de comunicação!


Obrigada! Vamos ficar atentos aos teus novos bordados!


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