Entrevistámos Catalina de “Cataclismos con las
Manos”. Esta asturiana
especializou-se em amigurumi e as suas criações destacam-se pela utilização
delicada da cor. Paralelamente também dá workshops de croché e amigurumi.
Porquê e quando começou a fazer
crochê? O que veio primeiro o croché ou o tricô?
O meu
primeiro contacto com as agulhas foi aos 17 anos, estive uns dias doente e não
fui às aulas. A minha mãe e a minha avó ensinaram-me a tricotar e comecei a
fazer um maxi cachecol, mas no fim fê-lo a minha mãe quase inteiro (risos). Aos
20 anos, quando estava em Madrid no meu segundo ano do curso de comunicação
audiovisual, lembrei-me de me inscrever nalgum tipo de trabalhos manuais para
ocupar o meu tempo livre. Pesquisando na internet, fiquei a saber como se chama
a técnica de criar bonecos em croché... AMIGURUMI!!! E aí tudo começou.
Encontrei um local chamado Multiplicarte, onde a Belén, a professora, nos explicava
passo a passo como e em que consiste esta técnica.
Que outras técnicas utiliza no seu
dia-a-dia e qual a sua favorita?
Como nasceu a coleção “Montanhas”?
Nasceram
como desenhos e depois converteram-se em amigurumis ou já foram pensados para
ser de croché desde o início. A coleção “Montanhas” nasceu da necessidade de
criar uma identidade e do sonho de realizar uma coleção inventada e desenhada
por mim. Por isso os bonecos nasceram diretamente da ideia de ser isso,
amigurumis. São bonecos bastante básicos, mas a verdade é que me custou muito
criá-los. Não sou nada boa a desenhar nem a imaginar e tinha muitas vezes tendência
a copiar coisas de outras pessoas sem querer, foi bastante frustante. Mas uma
vez que se consegue o que se quer, a satisfação é enorme.
Diga-nos os seus 3 artistas favoritos
do mundo das linhas e da lã:
Os meus 3
artistas favoritos são:
Pica Pau (Yanina Schenkel), foi a minha
primeira grande descoberta. Aqui pude ver como alguém se pode fazer com o seu
próprio estilo e daí surgiu a minha curiosidade e vontade de criar as minhas próprias
personagens. O seu projecto Monona deixou-me alucinada.
Ameskeria (Leire Villar), adoro os seus
amigurumis baseados na técnica da tapeçaria. São uma maravilha no que toca a
desenho e mistura de cores.
Miga de Pan (Adriana Torres)
pelas suas formas, as suas cores… A simplicidade das suas personagens, que por
vezes são vistas como complicadas e muito, muito especiais. O que mais gosto é
o seu modo de misturas as cores.
O fio, que
uso nas minhas criações, é o vosso DMC Natura Just Cotton. Ao princípio custou-me habituar ao fio. Durante anos utilizei outro,
que era um pouco mais grosso, mas a verdade é que a gama de cores do fio Natura
não tem igual. É muito, muito difícil encontrar outra gama com tanta variedade
de cores. Quando entro numa loja para comprar novelos, o que reparo primeiro
são as cores, basicamente é assim que escolho um fio ou outro.
Há alguma técnica que ainda gostaria
de aprender?
A minha
inscrição pendente neste momento é em bordado mágico. Adorava aprender e encher
a casa de bordados. Há um mês atrás era para ter ter vindo às Astúrias a Laura Ameba, mas teve que cancelar o workshop. Agora estou à espera que marque uma nova
data. Adoro o efeito, que se cria com este tipo de bordado, no qual se pode
criar volumes e relevos. Parece-me muito interessante e bastante complicado. Há
uns tempos uma amiga ofereceu-me um kit para este tipo de bordado, não parecia
muito complicado e consegui fazer alguma coisa, mas criar diferentes níveis de
relevo... Isso já não me parece tão fácil.
Obrigada
Catalina!
Se gostou e
quer ver todas as criações de Catalina, visite o seu blog.
(Fotos de
Aida Holgado)
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