Entrevistámos Emily do The Floss Box

Já há muito tempo que admiramos o trabalho da Emily, uma Americana residente na Suécia, que, sob o nome artístico "The Floss Box” (a caixa de linhas), criou um site repleto de modelos e esquemas de bordado, surpreendendo-nos todos os dias com novos motivos e técnicas, como o bordado com relevo ou com missangas. A sua imaginação não tem limites e não pára de criar milhares de desenhos para bordar. Além disso realiza tutoriais muito interessantes e como se não fosse suficiente, também faz patchwork. Tínhamos que falar com a Emily e perguntar-lhe como é que faz!

Quando começou a bordar e como aprendeu?
Comecei a bordar e a fazer ponto de cruz, quando era pequena. A minha mãe ensinou-me as coisas básicas e em adulta fui aprendendo e experimentando novas técnicas com a ajuda de livros, da internet e da minha própria experiência.

Quando e porque começou o The Floss Box?
Comecei o The Floss Box em 2008. Ao princípio era só um blogue com alguns modelos gratuitos, que tinha feito. Tive uma resposta muito positiva e assim comecei uma pequena loja online com alguns modelos e esquemas. Continuei a desenhar esquemas e a montar uma pequena coleção. É ótimo e eu passo um bom bocado a criar os esquemas.

Borda e cose, há alguma outra técnica que gostasse de experimentar?
O ano passado comecei a pintar a aguarela e este ano também estou a pintar a acrílico. Penso que a pintura é muito útil para visualizar novos projetos e uma forma rápida de aprender a usar a cor. Tenho dado conta de que existem muitas maneiras de misturar a pintura e o bordado. Também aprendi a tricotar há pouco tempo, mas tive de o pôr de lado por um tempo, porque não tenho disponibilidade para tudo!

Que coisas a inspiram?
Vivo no campo, por isso a natureza é a minha maior inspiração. As cores, os sons, a beleza nos mais pequenos detalhes. Há coisas fascinantes por todo o lado. Tudo isto me inspira, mas a simples alegria de viver é a minha máxima inspiração.

Como se dá o processo criativo?
Está ainda em evolução. Gosto de fazer tanto projetos planeados, onde tenho os esquemas inteiros desenhados, como projetos menos organizados, onde vou bordando de forma improvisada. Para os projetos mais organizados normalmente começo com um esboço, faço um desenho no computador e transfiro-o para o tecido. Também estou a gostar muito de aprender mais sobre técnicas de bordado livre, onde começo com uma ideia ou um motivo, mas não tenho o desenho completo. Não sei como ficará o projeto no final, mas isso faz parte da diversão. Existem sempre muitas possibilidades. Gosto muito da liberdade de selecionar os elementos a incluir no projeto.

Que tipo de linhas utiliza?
Eu gosto de uma grande variedade de linhas. A minha coleção de linhas de bordado Mouliné da DMC está sempre presente para o ponto de cruz e para os trabalhos mais delicados de bordado. Também gosto de utilizar linhas mais grossas para fazer tapeçaria ou crewel e ainda utilizo a linha Perlé para preencher grandes áreas rapidamente. Comecei também a visitar lojas de lã. Não há necessidade de deixar toda a diversão do trabalho com lã às tricotadeiras! A maioria da lã não passa facilmente através do tecido, mas existem várias formas de a encolher. Gosto muito da textura das fibras, por isso às vezes procuro formas de combinar as mesmas e os pontos de bordado. Assim no final há um monte de fios sobre o tecido. O importante é saber combiná-las bem e de uma forma interessante, que contribua para uma maior riqueza e interesse do projeto.

Tem uma gama de cores favorita?
Essa é uma pergunta difícil! Acho que cada estação do ano me influencia na escolha das cores. Na primavera uso tons mais alegres e no outono por exemplo uso muito os vermelhos, os castanhos e os amarelos dourados.

Se gostou do trabalho da Emily, recomendamos uma visita ao seu site.