Este bordado resulta da má imagem outrora atribuída ao bordado da Lixa. No passado o bordado da Lixa era de má qualidade, quase sempre feito em ponto cruz, produzido em grandes quantidades para ser vendido em praias ou feiras, pilhas de toalhas mal bordadas vendidas ao desbarato. Esta imagem negativa prolongou-se durante algum tempo, criando assim a necessidade de criar outro bordado para promover, qualificar e tornar este bordado sinónimo de excelência.
Apesar de a Lixa ser a localidade com mais bordadeiras, várias outras localidades se dedicam também à produção deste bordado. Terra de Sousa é um nome antigo que está relacionado com a história do território em que este bordado ocorre.
As matérias-primas utilizadas neste bordado começaram, como muitos outros, pelo linho e algodão. Nos dias de hoje são utilizadas consoante o seu uso final. É um trabalho caracterizado por ser bordado a branco sobre branco, apesar de actualmente se começar a introduzir, os tons vermelhos e azuis.
Existe um número extenso de pontos utilizados neste bordado, geralmente incluídos em categorias como espinhas, crivos, bainhas, pontos reais, pontos de fundo ou adamascados.
A característica mais extraordinária deste bordado é o alargadíssimo leque de possibilidades técnicas, que engloba mais de duzentos pontos diferentes e a elaboração de difíceis combinações, que tão bem o define.
Fotos gentilmente cedidas pela Editorial Nascimento.
Equipe DMC,
ResponderEliminarmais uma vez vê-se que bordado é cultura!!!
Obrigada por compartilhar conosco a história e geografia do bordado...
abraços de Maria Filomena
NA LIXA,VÊ-SE MUITO,MORO NA ZONA E CONHEçO
ResponderEliminarBoa tarde... consegue arranjar-me contactos ou mails de bordadeiras daí da Lixa? Ficava muito grato, uma vez que é da zona, talvez tenha algum conhecimento. sergiomiranda@portugalmail.pt . Obrigado
EliminarMuito obrigada pelas informações. Conhecemos tão pouco da nossa cultura!
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