Descobrimos o trabalho de Justyna no Instagram e chamou-nos muito a atenção por ser diferente de tudo o
que já tínhamos visto. Fizemos-lhe esta entrevista para partilhar a sua obra
consigo.
Quando começaste a
bordar e como aprendeste?
Comecei a minha aventura no bordado há três meses. Li
rapidamente um guia de bordado para me certificar que não cometia nenhum erro
gigante. Agora adoro o processo intuitivo do mesmo. Cada bordado é único e
encaixo a técnica com a minha obra de arte. Claro que bordei ponto de cruz
quando era adolescente. E nessa altura colecionei muitas revistas de ponto de
cruz. Era uma miúda muito criativa e a minha família também fazia croché,
costura e muitas coisas mais.
Que tipo de fio
utilizas?
Utilizo um fio polaco produzido aqui e para coisas especiais
utilizo os fios DMC como o Mouliné Light Effects e o Mouliné Satin.
As tuas peças em 3D
são incríveis. Que tipo de materiais costumas utilizar para dar as 3 dimensões
às peças?
Para criar os efeitos 3D utilizo barro polímero. A maioria
Fimo. Utilizo-o líquido ou em pós metálicos. Também tenho alguns barros Pardo
transparentes e tenho andado a experimentar resinas.
Todas as esculturas de barro são cozidas no forno antes de
serem bordadas. Às vezes quando faço as esculturas junto fios à peça e cozo
tudo junto.
Como nasceu a ideia
dos bordados em 3D?
Nos últimos dois anos tenho esculpido com barro polímero.
Fiz muitos relógios de parede. Aprendi diferentes técnicas e tenho muita
experiência com este material. Publiquei fotos dos meus trabalhos no Instagram,
ali descobri artistas incríveis e alguns deles bordam. Ao ver os bastidores de
bordado tive saudades das minhas experiências de infância com agulha e linha.
Assim fiquei uns meses a pensar no assunto e ocorreu-me esta ideia tão bonita
de misturar barro e bordado. Tive a ideia a meio da noite, comecei a bordar no
dia seguinte e desde aí nunca mais parei.
O que recomendas a
alguém que queira começar a bordar?
Estou de corpo e alma num projeto que me emociona. Recomendo
definitivamente aos principiantes que aprendam os básicos rapidamente e que
comecem a “brincar” com as agulhas e os fios! Podem experimentar usar materiais
diferentes, bordar sobre diferentes tipos de telas ou não-telas. O resultado
pode ser surpreendente e divertido!
O que mais aprecias
no bordado?
Para mim bordar é como meditar. Relaxa-me e é muito
satisfatório. Requer paciência mas devolve-me afetos sem igual. Um bordado terminado
é como uma sinfonia de fios...
Muito obrigada Justyna! Estamos fascinados com a tua
criatividade!
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